BIORREMEDIAÇÃO POR
BACTÉRIAS E RECOMPOSIÇÃO DO MANGUEZAL
Biorremediação é
um processo no quais organismos vivos, normalmente plantas, microorganismos ou
suas enzimas, são utilizadas tecnologicamente para remover (remediar) ou
reduzir poluentes no ambiente. O processo metabólico que tem se mostrado mais
apto em biodegradar moléculas xenobióticas (moléculas estranhas ao ambiente
natural) recalcitrantes (moléculas de difícil degradação) nos processos de
biorremediação, é o microbiano, uma vez que os microorganismos desempenham a
tarefa de reciclar a maior parte das moléculas da biosfera, participando dos
principais ciclos biogeoquímicos e representando, portanto, o suporte de
manutenção da vida na Terra (GAYLARD; BELLINASO; MANFIO, 2005).
Muitos
micro-organismos também têm sido utilizados para a degradação de gasolina, óleo
diesel e resíduo de petróleo proveniente de derramamentos, nos oceanos ou no
solo. Dentre os hidrocarbonetos que compõem estes resíduos, os mais tóxicos
e que causam maior preocupação são os chamados BTEX (benzeno, tolueno,
etilbenzeno e os três isômeros de posição do xileno). Estes compostos são
utilizados como fonte de carbono por diversas espécies de bactérias, leveduras
e fungos filamentosos (TEIXEIRA, 2007). Teixeira (2007) obteve bons resultados
na degradação de gasolina comercial por bactérias das espécies Pseudomonas
putida e Pseudomonas aeruginosa. Outros gêneros de bactérias têm sido descritos
como potenciais degradadoras de petróleo de ambientes contaminados, como
Acidovorans, Acinetobacter, Agrobacterium, Alcaligenes, Aeromonas,
Arthrobacter, Beijemickia, Burkholderia, Bacillus, Comomonas, Corynebacterium,
Cycloclasticus, Flavobacterium, Gordonia, Microbacterium, Moraxella,
Mycobacterium, Micrococcus, Neptunomonas, Nocardia, Paracoccus, Pasteurella,
Polaromonas, Pseudomonas, Ralstonia, Rhodococcus, Sphingomonas,
Stenotrophomonas, Streptomyces e Vibrio (CRAPEZ et al., 2002; JACQUES et al.,
2007; MANDRI; LIN, 2007, SEO et al. apud TONINI; REZENDE; GRATIVO, 2010).
ESTRATÉGIAS utilizadas
em biorremediação Segundo Bento, Camargo e Okeke (2003), as estratégias de
biorremediação incluem a utilização de micro-organismos autóctones, ou seja, do
próprio local, sem qualquer interferência de tecnologias ativas de remediação
(biorremediação intrínseca ou natural); a adição de agentes estimulantes, como
nutrientes, oxigênio e biossurfactantes (bioestimulação) e a inoculação de consórcios
microbianos enriquecidos (bioaumento).
CONSIDERAÇÃO FINAL A partir
da leitura desta revisão é possível compreender a importância do uso dos
microorganismos como ferramenta biotecnológica para a remediação de áreas
contaminadas, bem como para o tratamento dos mais diversos tipos de resíduos.
Pode-se observar, por meio da leitura deste projeto, a importância dos
organismos nativos do ambiente, como fungos, bactérias e leveduras, em ciclar
toda e qualquer matéria orgânica natural ou xenobiótica que é disposta no
ambiente devido a ações antropogênicas.
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