quarta-feira, 22 de agosto de 2018

AGROTÓXICOS


Entenda o que são os agrotóxicos e quais riscos representam

Saiba mais sobre a utilização desses produtos no Brasil e quais mudanças prevê o Projeto de Lei 6.299, conhecido como a PL do Veneno
BRASIL, CAMPEÃO MUNDIAL EM CONSUMO DE AGROTÓXICOS
Certamente esse não é um título que desejaríamos para o Brasil, não é mesmo? Mas infelizmente nosso consumo de agrotóxicos é bastante alto e as consequências ao meio ambiente e à nossa saúde são preocupantes – e muitas são ainda desconhecidas.


ANTES DE COMEÇARMOS, ALGUNS NÚMEROS SOBRE OS AGROTÓXICOS NO BRASIL
Segundo dossiê publicado pela ABRASCO – Associação Brasileira de Saúde Coletiva e realizado em conjunto com o Ministério da Saúde: 64% dos alimentos no Brasil são contaminados por agrotóxicos; 34.147 intoxicações por esses produtos foram notificadas no SUS entre 2007 e 2014; 288% foi o percentual de aumento do uso dos agrotóxicos no Brasil entre 2000 e 2012 e o faturamento da indústria de agrotóxicos no Brasil em 2014 foi de 12 bilhões de dólares.
Essa realidade nos coloca, desde 2008, na posição de maior mercado mundial de agrotóxicos.
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Esses números não parecem bons, não é mesmo? Vamos entender melhor sobre o assunto.

https://foodsafetybrazil.org/o-que-estamos-comendo-consumo-de-agrotoxicos-pelo-brasileiro/


AGROTÓXICOS
Os agrotóxicos são produtos químicos que alteram a composição da flora e da fauna com o objetivo de evitar que doenças, insetos ou plantas daninhas prejudiquem as plantações.
Até aí, parece uma boa solução: um produto que evita a danificação de plantações. A grande polêmica, porém, em relação aos agrotóxicos se deve aos efeitos prejudiciais de sua utilização, representados por doenças, contaminações e claro, as consequências ainda desconhecidas que podem ser causadas por eles.
Além disso, a utilização de agrotóxicos gera a dependência de seu uso para a produção agrícola. Vamos entender todos esses aspectos ao longo deste texto!
OS AGROTÓXICOS E A REVOLUÇÃO VERDE
A utilização massiva dos agrotóxicos se iniciou na década de 60, na chamada Revolução Verde. Essa revolução foi um movimento pela modernização da agricultura, com a utilização de máquinas, agrotóxicos e sementes geneticamente modificadas, tudo isso com o intuito de aumentar a produtividade.
A partir desse momento, grande parte dos agricultores brasileiros passaram a utilizar esses produtos, inclusive pequenos agricultores.
Hoje há uma certa dependência por parte desses produtores, pois as sementes geneticamente modificadas são desenvolvidas para aceitar determinados agrotóxicos. Ou seja, ao adquirir essas sementes, os agricultores se vêem obrigados a comprar o agrotóxico associado.
A NATUREZA E A NOSSA SAÚDE EM RISCO
Segundo o Ministério do Meio Ambiente, entender o comportamento dos agrotóxicos na natureza é complexo, já que a seu uso pode contaminar a água e o solo e seus componentes podem ser levados por meio da chuva e dos ventos, dificultando a avaliação dos seus efeitos.
Além disso, ao longo do percurso, o agrotóxico sofre processos químicos, biológicos e físicos, que podem alterar o seu comportamento.
Isso quer dizer que, se as propriedades desses produtos podem ser alteradas, as consequências e riscos desses novos subprodutos serão desconhecidas.
Os agricultores que trabalham com a aplicação desses produtos e a população que vive próximo às plantações se tornam as mais vulneráveis, pois estão em contato direto com os produtos. Mas esse risco não se restringe a eles, toda a população brasileira está exposta à contaminação quando consome esses alimentos.
Um exemplo de contaminação foi retratado em um estudo da Universidade Federal do Mato Grosso que verificou a contaminação por agrotóxicos do leite materno de mães que moravam em áreas urbanas.
Segundo dados da Organização Mundial da Saúde, compilados no Dossiê da ABRASCO, as principais doenças relacionadas à intoxicação por agrotóxicos são: arritmias cardíacas, lesões renais, câncer, alergias respiratórias, doença de Parkinson, fibrose pulmonar, entre outras.
Por meio do Programa de Análise de Agrotóxicos em Alimentos (PARA), a ANVISA identificou os produtos que apresentavam os maiores níveis de contaminação em 2009, são eles: pimentão, morango, uva, cenoura, alface, tomate, mamão e laranja.
AGROTÓXICOS NO BRASIL
Segundo a ANVISA, um terço dos alimentos consumidos diariamente por nós, brasileiros, estão contaminados e dentre esses alimentos contaminados, 28% apresentam componentes não autorizados ou em quantidade que excede o limite autorizado.
O Brasil possui uma lei que regulamenta a utilização de agrotóxicos, chamada Lei de Agrotóxicos nº 7.802/1989. Essa lei é considerada bastante permissiva se comparada a leis de outros países, como a da União Europeia, por exemplo. Isso significa que, por aqui, a utilização desses produtos é muito maior e mais livre que nos países europeus.
Vamos entender isso com alguns dados:
No Brasil, segundo estudo realizado pela geógrafa Larissa Lombardi, temos 504 tipos de agrotóxico permitidos; desse total, 30% são agrotóxicos que já foram proibidos na Europa, pois seus riscos a saúde são comprovados.
Um deles é o acefato, que apresenta efeitos sobre o sistema endócrino, segundo a ANVISA. Além dos tipos de agrotóxicos, os países também podem determinar o nível máximo de contaminação da água por esses produtos.
No caso do Brasil, a contaminação da água por agrotóxicos pode ser 5 mil vezes maior do que o máximo permitido na Europa.
A utilização de agrotóxicos vai gerando cada vez mais uma dependência em relação a eles, pois como não são respeitados os processos naturais da produção de alimentos, a utilização desses produtos químicos vai diminuindo a fertilidade do solo.
Como consequência, o solo fica mais pobre em nutrientes e aumenta a necessidade de agrotóxicos e adubos químicos. Além disso, como já mencionamos anteriormente, quando a semente é geneticamente modificada, os agricultores ficam dependentes de defensivos específicos.
QUAL O POSICIONAMENTO DE ÓRGÃOS RELACIONADOS AO TEMA?
Segundo a Organização das Nações Unidas e a Organização Mundial da Saúde, os agrotóxicos considerados muito perigosos já têm seu uso bastante restrito em países desenvolvidos, porém nos países em desenvolvimento, como é o caso do Brasil, há um uso mais livre desses produtos.
Além disso, nos países em desenvolvimento é mais comum a aplicação dos agrotóxicos nas plantações sem a utilização de equipamentos de segurança adequados, expondo os agricultores a um risco ainda maior.
Para essas organizações, existe um grupo de agrotóxicos considerados altamente perigosos, que são os responsáveis por grande parte das intoxicações em pessoas.
Esses produtos poderiam ser substituídos por outros menos perigosos ou por técnicas de manejo integradas, que diminuiriam a dependência dos químicos. Segundo a Embrapa, essa técnica seria um conjunto de medidas para diminuir o uso de agrotóxicos, garantindo o equilíbrio das plantas com o monitoramento de pragas.
Para a ANVISA, novas práticas agrícolas deveriam ser adotadas, pois o modelo convencional da agricultura objetiva o lucro imediato, mas não considera os desgastes dos recursos naturais e humanos.
Segundo esta organização, a produção agroecológica pode ser uma alternativa promissora e para isso seria necessário um período de transição da produção convencional para esse outro modelo.
O Ministério da Saúde, em seu Relatório Nacional de Vigilância em Saúde de Populações Expostas a Agrotóxicos, constatou que as vendas de agrotóxicos aumentaram 90,5% entre 2007 e 2013, enquanto a área plantada cresceu apenas 19,5%, ou seja, um crescimento desproporcional que sugere uma maior exposição da população brasileira à contaminação.
Nessa pesquisa foi constatado também que o glifosato é o agrotóxico mais utilizado no Brasil. O glifosato foi classificado como provavelmente cancerígeno pela Agência Internacional de Pesquisa em Câncer.
O Instituto Nacional de Câncer – INCA se posicionou a favor de ações de enfrentamento aos agrotóxicos devido aos riscos que representam à saúde, especialmente relacionados ao seu potencial cancerígeno.
Segundo essa instituição, espera-se que a regulação e controle desses produtos seja fortalecida e que práticas alternativas agroecológicas sejam incentivadas para superar o modelo atual.
POSSÍVEIS SOLUÇÕES
Diante desse cenário, de alto consumo de agrotóxicos pelos brasileiros, quais seriam, afinal, as alternativas para a produção de alimentos? Sobre isso, as opiniões são divergentes.
Alguns especialistas afirmam que não seria possível manter a produtividade de alimentos sem a utilização de agrotóxicos, e é o que pensa Décio Luiz Gazzoni, engenheiro agrônomo da Embrapa. Segundo ele, no entanto, é possível diminuir a quantidade desses produtos.
Já Rogério Dias, coordenador de Agroecologia do Ministério da Agricultura, afirma que existem alternativas biológicas, que são menos tóxicas, para combater as pragas. Segundo ele são cerca de 140 defensivos biológicos disponíveis no mercado.
SEGUNDO A ONU, A AGROECOLOGIA É O CAMINHO
Um dos modelos de produção adotados como alternativa hoje é a agroecologia, que tem como propósito desenvolver um estilo de agricultura mais sustentável, com uma perspectiva sistêmica da natureza.
A agroecologia não é uma novidade, é a maneira como os alimentos sempre foram produzidos até a Revolução Industrial, momento em que cresce a preocupação com a produtividade na agricultura.
Nesse modelo de produção, o uso de fertilizantes químicos é reduzido ou eliminado a partir da adoção de algumas espécies de plantas na produção, respeitando à biodiversidade e a rotação de culturas.
Dessa maneira, o solo, não perde os nutrientes necessários para continuar produzindo alimentos e, portanto, reduz a necessidade da aplicação de produtos químicos.
Além de ser ambientalmente mais sustentável, segundo um relatório da ONU, a agroecologia é socialmente mais justa, pois permite que pequenos agricultores produzam alimentos com um método menos caro que o industrial.
Mas para que esse modelo se concretize, esse relatório recomenda aos governos que sejam elaboradas políticas públicas para incentivar e permitir que a produção agroecológica possa, de fato, ser uma alternativa.
O QUE É O PROJETO DE LEI 6.299/2002?
O Projeto de Lei 6.299/2002 conhecido por PL do Veneno, foi aprovado em comissão e vai para votação no plenário da Câmara dos Deputados. Esse projeto de lei busca flexibilizar a utilização dos agrotóxicos no país, tornando proibidas apenas as substâncias que apresentem “riscos inaceitáveis”.
Além disso, esse projeto propõe a mudança do nome “agrotóxico” para “fitossanitário”, o que segundo a pesquisadora Aline Gurgel da Fundação Oswaldo Cruz, tem o intuito de ocultar da população que esses produtos são tóxicos.
Com o argumento de que essas mudanças podem trazer riscos à saúde e à natureza, como a contaminação e o empobrecimento do solo e o desenvolvimento de doenças, as seguintes instituições já se declararam contrárias a esse projeto: ANVISA, Fundação Oswaldo Cruz, Departamento de Vigilância em Saúde Ambiental e Saúde do Trabalhador (Ministério da Saúde), Ibama, Instituto Nacional do Câncer, Ministério Público e ONU.
Fonte:

Tire suas dúvidas sobre transgênicos e agrotóxicos

Maior consumidor de defensivos agrícolas do mundo, o Brasil também é o segundo país em área plantada de produtos geneticamente modificados
Em 2050, a população mundial será de 9,6 bilhões de habitantes, de acordo com estimativas da Organização das Nações Unidas (ONU). Embora o crescimento demográfico ocorra em ritmo menor em relação ao registrado nas décadas passadas, o planeta vai contar com mais 2,4 milhões de habitantes até lá. Como não restam muitas fronteiras agrícolas, ou seja, novas terras que podem ser usadas para o plantio, como lidar com a necessidade de aumentar a produção de alimentos?
Diante dessa questão, a biotecnologia – ramo da ciência que aplica os conceitos da engenharia genética na geração de novos produtos – apresenta duas alternativas para aumentar a produtividade agrícola: o uso de sementes transgênicas e de agrotóxicos. Mas a utilização desses recursos causa polêmica em virtude de eventuais riscos para o meio ambiente e a saúde humana.
Transgênicos
Transgênicos são Organismos Geneticamente Modificados (OGM), ou seja, que sofreram uma alteração em seu DNA por meio da engenharia genética (com a inserção de genes de uma espécie em outra) para ter uma característica que não possuíam antes. O principal objetivo seria o desenvolvimento de plantas mais resistentes a pragas e a insetos e o consequente aumento da produção agrícola.
As culturas transgênicas, principalmente de soja, milho e algodão, aumentam em todo o mundo. Já são transgênicos 80% da soja e 30% do milho plantados no planeta. O Brasil é o segundo maior plantador mundial de sementes transgênicas, atrás apenas dos EUA.
Os críticos argumentam que a transferência de genes de uma espécie a outra pode provocar a contaminação dos ecossistemas e comprometer a biodiversidade. Um dos maiores receios é que, numa plantação, sementes modificadas sejam levadas pelo vento ou pela chuva para áreas de espécies silvestres, afetando as plantas nativas ou a saúde de animais e, daí, desequilibrando todo o ecossistema. Além disso, não se conhecem todos os efeitos colaterais dos transgênicos sobre os organismos animais e humanos.
No Brasil, desde 2003, uma lei federal obriga que os produtos que levam matéria-prima transgênica, como óleo de soja, fubá e derivados, tragam no rótulo um “T” preto sobre um triângulo amarelo. No entanto, em abril de 2015, a Câmara dos Deputados aprovou um projeto de lei que dispensa a obrigatoriedade do símbolo nos rótulos dos alimentos. O projeto ainda depende de aprovação no Senado. 

Agrotóxicos
O Brasil é o maior consumidor mundial de agrotóxicos – os produtos (inseticidas, fungicidas e herbicidas) utilizados na agricultura para controlar insetos, doenças (causadas por fungos, por exemplo) ou plantas daninhas que causam prejuízos às culturas.
Os agricultores justificam o uso dos agrotóxicos como indispensáveis para a produção em larga escala. Mas entre os pesticidas utilizados no país estão alguns potencialmente cancerígenos e que já foram proibidos em diversos países e na União Europeia, como o glisofato. Segundo análise por amostragem de alimentos da cesta básica, realizada pela própria Anvisa na cidade de São Paulo, em 2014, quase um terço deles tinha agrotóxicos proibidos ou em quantidade acima da permitida por lei. Entre os danos à saúdo associados ao consumo de alimentos com agrotóxicos estão câncer, infertilidade, impotência, abortos, malformações fetais, desregulação hormonal e efeitos sobre o sistema imunológico.
Fonte:
https://guiadoestudante.abril.com.br/blog/atualidades-vestibular/tire-suas-duvidas-sobre-transgenicos-e-agrotoxicos/

REFLEXÃO

Faça um comparativo sobre as vantagens e desvantagens do uso de agrotóxicos e outras opções como a agroecologia.




ADOÇANTES


8 Tipos de Adoçantes Naturais – Análise e Cuidados
Uma forma de proporcionar um gostinho doce às preparações culinárias, sem utilizar o açúcar, é fazer uso dos chamados adoçantes, que não causam a elevação dos níveis de glicose no sangue e carregam uma quantidade mais baixa de calorias que o açúcar.
Quem passa pelas prateleiras dos supermercados em busca de opções de adoçantes para a sua dieta, provavelmente já percebeu que existem diversas variedades do produto. Entre elas, estão os adoçantes naturais, aqueles que são extraídos a partir de vegetais e frutas.
Os adoçantes artificiais, produzidos em laboratório, já foram associados a efeitos colaterais como dores de cabeça, enxaqueca, encolhimento da glândula timo, que faz parte do sistema imunológico e atua na produção dos glóbulos brancos do sangue, enfraquecimento dos rins e do fígado e distúrbios de humor.
Existe uma grande controvérsia sobre a segurança dos adoçantes artificiais. Alguns institutos e pesquisadores afirmam que alguns dos artificiais são seguros, mesmo em quantidade e frequência mais elevada (ex: Sucralose), enquanto outros são mais arriscados (ex: Sacarina).
8 tipos de adoçantes naturais 
1 . Sorbitol
É o açúcar extraído de algas marinhas e frutas como a maçã e a ameixa. Ele tem um poder adoçante 50% maior do que a sacarose e carrega 2,6 calorias a cada grama. Lembrando que o açúcar traz 4 calorias. É possível aplicar o sorbitol em geleias, biscoitos, gomas de mascar, balas, refrigerantes e panetones.
Entretanto, este adoçante natural apresenta algumas desvantagens: ele pode não ser o ideal para ser utilizado por pessoas com diabetes e apresenta uma ação laxativa se consumido em concentrações elevadas. Outros possíveis efeitos colaterais associados ao sorbitol são a náusea, desconforto estomacal e desidratação.
Recomenda-se não misturar o adoçante com bebidas alcoólicas para não piorar sintomas como náusea, vômito, desidratação e boca seca. Ele também não é considerado seguro para mulheres que estejam grávidas e amamentando os seus bebês.
Além disso, é importante ter cuidado porque apesar de estar na lista de adoçantes naturais, sendo encontrado nas algas e nas frutas de forma natural, o sorbitol também pode ser produzido em laboratório, sendo assim um adoçante artificial. Ele ainda foi apontado em uma lista do Dr. Axe sobre os cinco piores tipos de adoçantes.
2. Stévia
Também chamado de esteviosídeo, trata-se de um adoçante extraído a partir de uma planta nativa da América do Sul conhecida como stevia rebaudiana. Ele adoça mais de 200 vezes mais do que o açúcar e pode ser utilizado em altas temperaturas como em alimentos que vão ao fogo.
Disponível em gotinhas, pacotes e tabletes dissolúveis, o adoçante contém zero calorias e zero carboidratos. A stévia pode ser utilizada por diabéticos e não apresenta efeitos colaterais. O único problema é que ela pode deixar um gostinho amargo nos alimentos.
Ao procurar pelo adoçante, é preciso tomar cuidado para não levar uma versão associado a um adoçante artificial como o ciclamato de sódio, mas sim sua versão verdadeiramente natural.
3. Agave
Ele é extraído a partir de uma planta mexicana e apresenta um poder adoçante maior que o do açúcar convencional. Apesar de apresentar um baixo índice glicêmico, que significa que não causa uma elevação rápida nos níveis de açúcar no sangue, ele não deve ser utilizado por indivíduos diabéticos.
No entanto, o agave comercializado é bem diferente do adoçante natural feito pelos mexicanos. Isso porque na indústria ele passa por um processo em que o seu fluido de açúcar é exposto ao calor e a enzimas, que destrói as propriedades saudáveis da planta e dá origem a uma espécie de xarope.
Outro problema é que esse agave processado é rico em frutose – 85% de sua composição corresponde a esse açúcar. O perigo de incluir muita frutose na dieta é o de acumular gordura abdominal, aumentar a taxa de triglicerídeos, elevar o colesterol ruim (LDL) e contribuir com a resistência à insulina, que está associada à diabetes.
4. Mel puro
Ele é um dos adoçantes naturais mais conhecidos, tendo 64 calorias a cada porção equivalente a uma colher de sopa, porém fornece enzimas, antioxidantes, ferro, zinco, potássio, cálcio, fósforo, vitamina B2, vitamina B3 e vitamina B6. Juntos, esses nutrientes neutralizam os radicais livres e promovem o crescimento das bactérias do bem (flora intestinal) que fazem parte do trato digestivo.
Ou seja, ao mesmo tempo em que adoça, o mel faz bem para a saúde. Entretanto, para obter esses benefícios é preciso certificar-se de que trata do mel puro e não do pasteurizado, que perde boa parte das vantagens da versão natural deste adoçante. O mel não é a melhor opção para diabéticos.
5. Açúcar de coco 
Ele é obtido por meio de um processo de extração da seiva das flores do coco, seguido de um aquecimento e de uma evaporação. Cada colher de sopa de açúcar de coco é composta por 45 calorias.
O ingrediente também apresenta um índice glicêmico baixo e serve como fonte de antioxidantes, ferro, zinco, cálcio, potássio e fósforo. Diabéticos também não deve fazer uso do açúcar de coco em quantidade.
6. Xarope de ácer ou xarope de bordo (maple syrup)
O produto é nativo da América do Norte e passa por processos de perfuração da árvore para obter a seiva, ebulição e filtragem para ser adquirido. Rico em antioxidantes, é mais um dos adoçantes naturais que oferece boas doses de manganês, além de conter potássio, cálcio e zinco em sua composição.
Recomenda-se comprar o xarope de ácer ou bordo de classe B, que é dotado de mais antioxidantes benéficos para o organismo.
7. Xilitol
O xilitol é um açúcar proveniente do álcool que apresenta 2,4 calorias a cada grama e adoça de maneira similar ao açúcar tradicional. Segundo o Authority Nutrition, ele pode ajudar a diminuir os riscos de cáries dentárias e a prevenir a osteoporose.
O adoçante ainda não aumenta os níveis de glicose no sangue ou as taxas de insulina. Porém, ele pode causar problemas digestivos caso seja ingerido em altas doses.
Ele não é considerado seguro para ser consumido por mulheres que estejam grávidas ou em processo de amamentação de seus bebês.
8. Eritritol
O eritritol tem ficando um pouco mais conhecido recentemente. Ele é menos calórico do que outros adoçantes naturais como o xilitol e o sorbitol. Possui 0,24 calorias por grama. Lembrando que o açúcar tem 4 calorias por grama. Com apenas 6% das calorias do açúcar, ele ainda tem 70% da doçura.
O Eritritol possui uma estrutura química única que faz com que nossos corpos não o quebrem. Então, o adoçante passa praticamente sem alterações pelo nosso organismo, sem causar quaisquer efeitos metabólicos prejudiciais do excesso de açúcar ou os problemas digestivos associados a outros polialcoóis. Em produção de larga escala, o Eritritol é criado quando um tipo de levedura fermenta a glicose.
Estudos em humanos mostraram muito poucos efeitos colaterais, em maioria pequenos problemas digestivos em algumas pessoas.
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